As
redes sociais interagem e informam, trazendo discussões a nível nacional que
muitas vezes são repercutidas inicialmente no meio virtual, abordando uma visão
bem mais democrática e sujeita a opiniões da mass media (termo em latim que refere-se aos meios de comunicação
de massa). A Cibercultura, conceito de Pierre Levy, é essa nova interação e
troca de ideias no espaço virtual (ciberespaço), ambiente este de discussão de
ideias, enquetes, onde opiniões diversas são publicadas e compartilhadas.
Segundo
afirmações do sociólogo Stuart Hall, autor do livro "Identidade Cultural
na Pós-modernidade", o mundo globalizado hoje, está sofrendo um processo
de descaracterização. As pessoas estão
ficando cada vez mais distantes de suas raízes e costumes, sem uma definição de
valor, também, acerca de sua própria identidade.
A
página do Facebook, o Bode Gaiato, por exemplo, resgata e valoriza a cultura e uma
linguagem regional nordestina e de uma forma mais próxima permite aos usuários
que interajam e discutam temas de forma irônica, engraçada e crítica,
utilizando de montagens com um dos símbolos do nordeste, o bode, com situações
cotidianas somadas a temas de interesse social.
Recentemente
o povo brasileiro foi à rua, enquanto cidadão, exaltar tudo o que lhes
incomodam na prestação dos serviços públicos. Inicialmente as reivindicações
partiram das redes sociais. Nas redes sociais cresceram as reivindicações
contra o aumento da tarifa na passagem de ônibus. Aparentemente um caso isolado,
a proporção foi crescendo. O movimento ganhou força nas ruas, saindo do mundo
virtual. Como as redes sociais não se prendem e não se devem prender a apenas
uma pauta, outras discussões foram inseridas dentro do contexto. Fácil de se
entender, basta se questionar a prestação dos serviços públicos em nosso país.
Aumentar tarifa de transporte público, em troca de superlotação, problemas no
trânsito, estradas, transportes insuficientes. A popularidade do Bode gaiato se
fez presente nas manifestações de ruas que tomou conta do país nos últimos
meses. No Brasil e em outros países foram vistos cartazes de protestos com a
expressão que se tornou famosa: “Armaria mainha, nãm!”
Postado por: Ronaldo Júnior e Renata Portela
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